quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

REPRESENTAÇÃO CONTRA SECRETÁRIOS DO GOVERNO RICHA

PAULO MELO ON LINE

Ministério encontra vários problemas no sistema carcerário do PR

Falta de assistência jurídica, de médicos e superlotação são alguns dos problemas encontrados em penitenciárias e delegacias do Paraná, visitados por representantes do Ministério da Justiça. Eles fazem uma série de vistorias em todo o país e nesta semana passaram pelo 12° Distrito Policial, pelo Presídio Central e pela Penitenciária Feminina em Piraquara, na Região Metropolitana. Segundo o conselheiro do setor de Política Criminal e Penitenciária, Fernando Vigiano, os problemas encontrados no Paraná são graves. Nos próximos meses, o Ministério da Justiça vai elaborar um relatório completo da visita e fazer sugestões de mudanças. A Secretaria de Justiça do Paraná foi procurada, mas ninguém vai se pronunciar sobre o assunto. Esta não é a primeira vez que órgãos nacionais relatam problemas no sistema penitenciário do estado. O Conselho Nacional de Justiça e a Ordem dos Advogados do Brasil já apontaram irregularidades em cadeias e distritos policiais do Paraná.

Secretários do governo são alvo de representação no MP

Uma representação contra o secretário da Corregedoria Geral do Estado, Cid Vasques e a secretária de Justiça, Maria Tereza Uille Gomes, foi protocolada nesta semana. O documento, de autoria do procurador aposentado Ubirajara de Araújo, foi apresentado ao Conselho Nacional do Ministério Público. Segundo o texto, os dois não poderiam assumir um cargo no executivo porque a constituição proíbe que membros do Ministério Público trabalhem em qualquer outra função pública. Os dois secretários são procuradores de justiça licenciados. O Conselho agora deve julgar o caso. Segundo o secretário Cid Vasques o argumento não é válido para os dois titulares das pastas porque eles ingressaram no MP antes de 1988. Ele explica que já assumiu outros cargos no executivo e teve autorização do Ministério Público. A assessoria de imprensa da Secretaria de Justiça foi procurada e a secretária Maria Tereza Uille Gomes não vai se pronunciar sobre o assunto.

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