Chega a 643 o número de mortos pelas chuvas no Rio
Nova Friburgo tem 271 mortes; Teresópolis, 293; Petrópolis, 56; Sumidouro, 19; e São José do Vale do Rio Preto, 4
Já chega a 649 o número de mortos em consequência das fortes chuvas que atingem a Região Serrana do Estado Rio de Janeiro desde a noite da última terça-feira (11), segundo dados do Instituto Médico Legal (IML) divulgados nesta segunda.
O último balanço da Defesa Civil Estadual indica que 7.780 pessoas estão desalojadas (aquelas que estão na casa de vizinhos ou familiares) e 6.050 desabrigadas (aquelas que perderam tudo e necessitam de abrigos públicos).
Por causa da tragédia, o governador Sérgio Cabral (PMDB) decretou luto oficial no Estado do Rio de Janeiro por sete dias pelas vítimas das chuvas e estado de calamidade pública em sete municípios da Região Serrana. Já a presidenta Dilma Rousseff decretou luto oficial de três dias, que passou a vigorar desde sexta-feira.
O Papa Bento XVI enviou no sábado (15) à Arquidiocese do Rio de Janeiro um telegramama para prestar solidariedade às vítimas dos deslizamentos e das enchentes.
Cidades mais castigadas
Com novas chuvas, Friburgo teve mais deslizamentos no sábado (15), causando a interdição de vários pontos da rodovia RJ-130, que liga a cidade ao município Teresópolis. Os bairros de Córrego Dantas, Campo Coelho, Conquista e Vieira estão isolados e várias pessoas que tentavam se deslocar pelo rodovia ficaram ilhadas.
Ainda há desaparecidos na Região Serrana do Rio, segundo informações da Defesa Civil do Estado, além de milhares de desabrigados. Entre as vítimas, estão familiares do economista Erik Conolly, diretor da holding do Icatu, que estavam em no distrito de Itaipava, em Petrópolis.
Em Teresópolis, a identificação dos corpos e os sepultamentos continuam causando confusão. Apesar de três caminhões frigoríficos estarem sendo usados para a acomodação dos corpos da tragédia na cidade serrana, o caos segue na porta da 110ª DP, onde funciona o IML do município. Parentes reclamam da demora para a identificação e liberação dos cadáveres, causando tumulto. O mau cheiro é forte e as pessoas usam máscaras ou pedaços de pano para tentar evitar o odor.
Com apenas seis câmaras frigoríficas, o Instituto Médico Legal (IML) da cidade precisou improvisar um necrotério alternativo para abrigar os corpos de todas as vítimas. Mais de 600 pessoas estão em abrigos, sendo pelo menos 300 em um ginásio, segundo a Defesa Civil municipal.
Em Sumidouro, a Prefeitura disse que as buscas por desaparecidos continuam. Os bairros mais afetados foram Centro, Campinas, Dona Mariana, Chácara, Vila Corquinho e Volta. A cidade de São José do Vale do Rio Preto confirmou quatro mortes até o momento.
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