G1 chega a bairro que ficou isolado pelas chuvas em Teresópolis
Campo Grande foi devastado; dezenas de casas desapareceram.
Para chegar ao local, equipe pegou carona em uma escavadeira hidráulica.

(Foto: Luciana Bonadio / G1)
O voluntário Eidi Lopes, de 40 anos, morador de Pimenteiras, também em
Teresópolis, ajudou a chegar ao bairro que ficou isolado. Ele mora no
município há 31 anos e diz não ter visto nada parecido com o que
aconteceu.
“Eu estou oferecendo meu trabalho, carregando água. O Campo Grande está
devastado”, comentou. Ele serviu de guia também para uma equipe de
televisão portuguesa que veio ao Brasil para fazer a cobertura da
tragédia na Região Serrana.Durante todo o caminho, moradores carregavam geladeiras, fogões e outros objetos que salvaram do meio das casas destruídas. O pintor Mir Ribeiro Rodrigues, de 55 anos, pendurou um edredom em um pedaço de madeira para carregar o que sobrou de seus bens. “Estou aproveitando para tirar tudo o que tenho, porque estão saqueando lá”, reclamou. Enquanto isso, o açougueiro Pedro Ribeiro Filho, de 40 anos, e a mulher enfrentavam o caminho para levar comida para a gata e o cachorro. Os dois deixaram o bairro e estão morando na casa de amigos.

(Foto: Luciana Bonadio / G1)
Moradores improvisam para conseguir águaEm uma rua do bairro, o servente Valdelir Correia, de 42 anos, e o desempregado Amaurino Anselmo, de 64 anos, usavam uma mangueira para trazer água de uma mina. Sem abastecimento de água ou energia elétrica, eles improvisavam para conseguir se manter na região. “A gente não vai abandonar isso aqui de jeito nenhum”, afirmou Anselmo. O servente perdeu a mãe, o irmão, o tio e a sobrinha na tragédia.
No caminho de volta, um grupo de pessoas tentava resgatar um corpo localizado sob pedras e troncos de árvores. Eles retiravam o entulho com as mãos. Um caminhão dos bombeiros seguiu para ajudar no resgate desse corpo. Em outro ponto, agentes da Polícia Federal caminhavam em direção ao bairro por causa da informação sobre os saques na região.
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