Sobe para 506 o número de mortos pelas chuvas no Rio
Nova Friburgo confirma 201 mortes. Teresópolis tem 185 vítimas; Petrópolis, 39; Sumidouro 19; e São José do Vale do Rio Preto, 4
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A Prefeitura de Sumidouro confirmou a morte de 19 pessoas e as buscas por desaparecidos continuam. Os bairros mais afetados são: Centro, Campinas, Dona Mariana, Chácara, Vila Corquinho e Volta.
Já a cidade de São José do Vale do Rio Preto confirmou 4 pessoas mortas.
Em Teresópolis, uma das cidades mais astigadas da Região Serrana, mais de 600 pessoas estão em abrigos, sendo pelo menos 300 em um ginásio, segundo a Defesa Civil municipal.
Foto: Agência O Globo
Com casas destruídas e sem ter para onde ir, famílias interias buscam abrigo em ginário de Teresópolis
Segundo balanço da Defesa Civil, há pelo menos 13 mil desabrigados (aqueles que perderam tudo e necessitam de abrigos públicos) ou desalojados (que podem contar com a ajuda de vizinhos e familiares) no Estado. Em Petrópolis há 3.600 desalojados e outros 2.800 desabrigados.
Em Teresópolis, a Defesa Civil contabiliza 1.300 desalojados e 1.200 desabrigados. O rio Santo Antônio transbordou e, em alguns pontos da região do distrito de Itaipava, a água chegou a mais de dois metros de altura. Muitos moradores, de acordo com a Prefeitura, ficaram ilhados.
Em Nova Friburgo ficaram desalojadas 3.220 pessoas e, 1.970, desabrigadas. A presidenta Dilma Rousseff sobrevoou a cidade nesta quinta-feira. Acompanhada do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, ficou em Nova Friburgo por cerca de uma hora e teve uma reunião com ministros e autoridades locais. Abordada por jornalistas, disse apenas que "governo promete ações firmes para ajudar a reconstruir a cidade".
Teresópolis
O prefeito de Teresópolis, Jorge Mário Sedlacek, disse, em entrevista à TV, na tarde de quarta-feira, que a cidade estava com mais de 500 desabrigados e ao menos 15 bairros afetados pelas chuvas. "Essa é a maior catástrofe da história do município", afirmou.
Devido ao grande número de mortos, os enterros foram prorrogados até as 22h, no cemitério Municipal Carlinda Berlim. A prefeitura solicitou a abertura de 300 covas, pois ainda há desaparecidos.
Com apenas seis câmaras frigoríficas, o Instituto Médico Legal (IML) da cidade precisou improvisar um necrotério alternativo para abrigar os corpos de todas as vítimas. De acordo com o delegado Wellington Pereira, o jeito foi pedir emprestado um imóvel em frente à 110ª DP, onde funciona o IML do município. “No local funcionava uma igreja evangélica, mas agora está vazio. O proprietário mora em Minas Gerais e prontificou-se a nos emprestar para colocarmos os corpos. É um galpão muito grande, que na frente tem salas. Poderemos fazer até um QG (quartel general) para tratar da questão”, disse o delegado.
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