Chega a 335 o número de mortos na Região Serrana do Rio
Segundo a prefeitura de Friburgo, já são 155 vítimas na cidade.
Em Teresópolis, 16 corpos foram para o IML na manhã desta quinta.
Depois de dois dias de chuva forte na Região Serrana do Rio, subiu para
335 o número de mortos na área. Em Nova Friburgo, o número de vítimas
passou de 107 para 155, segundo informações da assessoria de imprensa da
Prefeitura de Friburgo, na manhã desta quinta-feira (13).
Imagens da Nasa mostram temporais e enchentes vistos do espaço
Em Teresópolis, o número também subiu nesta manhã, passando de 130 para 146, segundo o secretário municipal de Meio Ambiente e Defesa Civil de Teresópolis, Flávio Luiz de Castro. Os corpos foram levados para o IML e a delegacia da cidade.
Pelo novo balanço, o número de total de vítimas até as 7h40 desta quinta é de 155 mortos em Friburgo, 146 em Teresópolis e 34 em Petrópolis, onde a maioria das vítimas foi encontrada no Vale do Cuiabá, no Distrito de Itaipava. O acesso à Região Serrana ainda é complicado nesta manhã.
Choveu forte durante a madrugada desta quinta-feira (13) nos acessos a Teresópolis. Na cidade, os bairros mais atingidos, segundo a Defesa Civil, são Caleme, Posse e Campo Grande. A Defesa Civil, que ainda não conseguiu chegar ao bairro de Campo Grande, acredita que mais de duas mil casas tenham sido destruídas pela chuva e que cerca de 150 corpos estejam na região. Eles vão tentar chegar a este bairro nesta manhã.
As buscas por outras vítimas na Região Serrana terão o apoio de helicópteros nesta quinta-feira (13). Durante a madrugada, uma chuva fraca atingiu as cidades de Teresópolis e Petrópolis, mas sem registro de novos deslizamentos. Em Nova Friburgo, a comunicação ainda é precária, já que o sistema de telefonia foi atingido
A procura por desaparecidos continuou durante a madrugada em Friburgo e Teresópolis, mas teve que ser interrompida em Petrópolis, onde a falta de luz prejudicou os trabalhos. Segundo bombeiros, por volta das 7h, os trabalhos recomeçaram na cidade. Vários bairros da Região Serrana foram atingidos.
Dilma e Cabral vão sobrevoar a Região Serrana
Na quarta-feira (12), o governador do Rio, Sérgio Cabral, pediu ajuda à Marinha no trabalho de resgate. Em resposta, a Marinha disponibilizou dois helicópteros (um Esquilo e um Super Puma) para o transporte de pessoal e equipamentos dos bombeiros. Esses helicópteros se juntam a outros cinco do governo do estado na missão de carregar equipes e equipamentos serra acima. Cabral visitará a região nesta quinta. A presidente Dilma Rousseff, que já liberou R$ 780 milhões para os municípios do Rio de Janeiro e São Paulo atingidos pelas chuvas, também vai sobrevoar a Região Serrana nesta quinta.
Já em Teresópolis, segundo o secretário de Meio Ambiente e Defesa Civil do município, Flávio Castro, as buscas continuam em nove dos 17 pontos atingidos pela chuva. Ele afirmou que o trabalho se intensifica nos bairros do Espanhol e Barra do Imbuí. Nas outras áreas, os trabalhos foram suspensos por falta de iluminação, e recomeçam às 6h desta quinta. O secretário estima que há cerca de 25 desaparecidos.
A infraestrutura da região foi atingida com severidade. Houve falta de luz, telefone e transporte nas três cidades. Bairros inteiros ficaram isolados e só na noite desta quarta-feira (12) equipes de resgate começaram a dar conta da catástrofe em algumas das áreas mais atingidas. Em um desses esforços, foi resgatado com vida, sem arranhões, um bebê de seis meses de idade em Friburgo.
Oitocentos homens da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros tentam localizar desaparecidos em Teresópolis. O secretário do Ambiente do estado do Rio de Janeiro, Carlos Minc, classificou a chuva como a "maior catástrofe da história de Teresópolis". “Não foi possível escolher o que ia cair. Casa de rico, casa de pobre. Tudo foi destruído”, disse a empregada doméstica de 27 anos, Fernanda Carvalho.
A prefeitura designou dois abrigos para receber desabrigados: o Ginásio Pedrão, no Centro de Teresópolis, com capacidade para 800 pessoas, e um galpão no Bairro Meudon, onde podem ser alojadas 400 pessoas. Os desalojados na cidade são 1280 e os desabrigados, 960.
Em Nova Friburgo, a maior parte das vítimas morava no bairro de Conselheiro Paulino. A chuva forte deixou a cidade sem sinal de telefonia, sem luz e sem transporte na quarta (12). À tarde, moradores perambulavam pela cidade cheia de lama sem saber o que fazer. O ginásio de uma escola estadual é usado como necrotério.
Nelson Machado de Souza, 61 anos, diretor de qualidade da Cervejaria Petrópolis, foi mais uma das vítimas das chuvas. A casa dele e de seus dois filhos – uma ao lado da outra –, no Vale do Cuiabá, foram invadidas pelas águas que transbordaram do Rio Santo Antônio, que atingiu uma extensão de pelo menos 10 quilômetros levando tudo que estava pela frente: “Em pouco mais de 15 minutos, tudo o que era conforto virou um brejo, lamaçal”, disse.
O trabalho de resgate das vítimas da tragédia causada pela chuva na
cidade é reforçado por homens do Grupamento de Busca e Salvamento que
atuaram no Morro do Bumba, em, Niterói, em Angra dos Reis e no Haiti. À noite, integrantes desse grupamento resgataram com vida um bebê de seis meses de idade. Também resgatado com vida, o pai dele passou 15 horas soterrado, abraçado ao filho.
A Defesa Civil da prefeitura de Petrópolis explica que “toda vez que chove muito nos municípios de Teresópolis e Nova Friburgo, a água que desce da serra provoca o transbordamento do rio Santo Antônio, causando os alagamentos”.
O vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, esteve na Região Serrana acompanhando o trabalho de resgate a vítimas.
Imagens da Nasa mostram temporais e enchentes vistos do espaço
Em Teresópolis, o número também subiu nesta manhã, passando de 130 para 146, segundo o secretário municipal de Meio Ambiente e Defesa Civil de Teresópolis, Flávio Luiz de Castro. Os corpos foram levados para o IML e a delegacia da cidade.
Pelo novo balanço, o número de total de vítimas até as 7h40 desta quinta é de 155 mortos em Friburgo, 146 em Teresópolis e 34 em Petrópolis, onde a maioria das vítimas foi encontrada no Vale do Cuiabá, no Distrito de Itaipava. O acesso à Região Serrana ainda é complicado nesta manhã.
Choveu forte durante a madrugada desta quinta-feira (13) nos acessos a Teresópolis. Na cidade, os bairros mais atingidos, segundo a Defesa Civil, são Caleme, Posse e Campo Grande. A Defesa Civil, que ainda não conseguiu chegar ao bairro de Campo Grande, acredita que mais de duas mil casas tenham sido destruídas pela chuva e que cerca de 150 corpos estejam na região. Eles vão tentar chegar a este bairro nesta manhã.
As buscas por outras vítimas na Região Serrana terão o apoio de helicópteros nesta quinta-feira (13). Durante a madrugada, uma chuva fraca atingiu as cidades de Teresópolis e Petrópolis, mas sem registro de novos deslizamentos. Em Nova Friburgo, a comunicação ainda é precária, já que o sistema de telefonia foi atingido
A procura por desaparecidos continuou durante a madrugada em Friburgo e Teresópolis, mas teve que ser interrompida em Petrópolis, onde a falta de luz prejudicou os trabalhos. Segundo bombeiros, por volta das 7h, os trabalhos recomeçaram na cidade. Vários bairros da Região Serrana foram atingidos.
Dilma e Cabral vão sobrevoar a Região Serrana
Na quarta-feira (12), o governador do Rio, Sérgio Cabral, pediu ajuda à Marinha no trabalho de resgate. Em resposta, a Marinha disponibilizou dois helicópteros (um Esquilo e um Super Puma) para o transporte de pessoal e equipamentos dos bombeiros. Esses helicópteros se juntam a outros cinco do governo do estado na missão de carregar equipes e equipamentos serra acima. Cabral visitará a região nesta quinta. A presidente Dilma Rousseff, que já liberou R$ 780 milhões para os municípios do Rio de Janeiro e São Paulo atingidos pelas chuvas, também vai sobrevoar a Região Serrana nesta quinta.
Itaipava após a chuva que devastou a Região Serrana do Rio de Janeiro (Foto: Aluizio Freire/G1)
O coronel Souza Vianna, comandante do 15º GBM (Petrópolis), afirmou que
o trabalho de resgate foi suspenso no trecho da estrada que liga
Itaipava a Teresópolis, no sentido contrário ao fluxo do Rio Santo
Antônio, conhecido como Vale do Cuiabá, devido à falta de luz e à
quantidade de lama.Já em Teresópolis, segundo o secretário de Meio Ambiente e Defesa Civil do município, Flávio Castro, as buscas continuam em nove dos 17 pontos atingidos pela chuva. Ele afirmou que o trabalho se intensifica nos bairros do Espanhol e Barra do Imbuí. Nas outras áreas, os trabalhos foram suspensos por falta de iluminação, e recomeçam às 6h desta quinta. O secretário estima que há cerca de 25 desaparecidos.
A infraestrutura da região foi atingida com severidade. Houve falta de luz, telefone e transporte nas três cidades. Bairros inteiros ficaram isolados e só na noite desta quarta-feira (12) equipes de resgate começaram a dar conta da catástrofe em algumas das áreas mais atingidas. Em um desses esforços, foi resgatado com vida, sem arranhões, um bebê de seis meses de idade em Friburgo.
Oitocentos homens da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros tentam localizar desaparecidos em Teresópolis. O secretário do Ambiente do estado do Rio de Janeiro, Carlos Minc, classificou a chuva como a "maior catástrofe da história de Teresópolis". “Não foi possível escolher o que ia cair. Casa de rico, casa de pobre. Tudo foi destruído”, disse a empregada doméstica de 27 anos, Fernanda Carvalho.
A prefeitura designou dois abrigos para receber desabrigados: o Ginásio Pedrão, no Centro de Teresópolis, com capacidade para 800 pessoas, e um galpão no Bairro Meudon, onde podem ser alojadas 400 pessoas. Os desalojados na cidade são 1280 e os desabrigados, 960.
Oitocentos homens da Defesa Civil e dos Bombeiros atuam em Teresópolis (Foto: Wilton Junior/Agência Estado)
Os bairros mais atingidos em Teresópolis foram Bonsucesso, Caleme e
Biquinha. Também registraram vítimas Poço dos Peixes, Vale Feliz,
Fazenda da Paz, Posse, Paineiras, Jardim Serrano, Parque do Imbuí,
Granja Florestal e Barra do Imbuí, Pessegueiros e Salaquinho.Em Nova Friburgo, a maior parte das vítimas morava no bairro de Conselheiro Paulino. A chuva forte deixou a cidade sem sinal de telefonia, sem luz e sem transporte na quarta (12). À tarde, moradores perambulavam pela cidade cheia de lama sem saber o que fazer. O ginásio de uma escola estadual é usado como necrotério.
Imagem área mostra devastação em área de Nova Friburgo (Foto: Marino Azevedo/Governo do Estado do Rio de Janeiro)
Na vizinha Petrópolis, o cenário é semelhante. No distrito de Itaipava,
a água atingiu dois metros e meio de altura em alguns pontos da região.
Uma escola no distrito abriga 30 famílias desalojadas.Nelson Machado de Souza, 61 anos, diretor de qualidade da Cervejaria Petrópolis, foi mais uma das vítimas das chuvas. A casa dele e de seus dois filhos – uma ao lado da outra –, no Vale do Cuiabá, foram invadidas pelas águas que transbordaram do Rio Santo Antônio, que atingiu uma extensão de pelo menos 10 quilômetros levando tudo que estava pela frente: “Em pouco mais de 15 minutos, tudo o que era conforto virou um brejo, lamaçal”, disse.
A Defesa Civil da prefeitura de Petrópolis explica que “toda vez que chove muito nos municípios de Teresópolis e Nova Friburgo, a água que desce da serra provoca o transbordamento do rio Santo Antônio, causando os alagamentos”.
O vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, esteve na Região Serrana acompanhando o trabalho de resgate a vítimas.
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