PAULO MELO ON LINE
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Mantega é quem disputa poder
com PalocciAo final do primeiro mês do governo Dilma Rousseff, consolidam-se os grupos de poder no governo federal, com destaque para o ministro considerado mais forte, Antonio Palocci (Casa Civil), rivalizando com o único colega que ameaça fazer-lhe sombra: Guido Mantega (Fazenda). Ambos disputam as atenções e os raros elogios da presidente. No primeiro governo Lula, o grande rival de Palocci era José Dirceu.
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Quebra da hegemonia
Dilma tomou uma decisão importante: quebrar a hegemonia de grupos políticos no Congresso, como aquele liderado por José Sarney.
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Troca de comando
A presidente vai tirar a Eletrobras da área de influência de Sarney e fazer de José Antonio Muniz presidente de outra estatal, Eletronorte.
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Decat em Furnas
Também é decisão de Dilma tocar a turma de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) de Furnas Centrais Elétricas, que será presidida por Flávio Decat.
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Pele de bebê
Dilma decidiu manter a rotina de consultar-se duas vezes ao mês com seu dermatologista e amigo Guilherme Almeida, de São Paulo.
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DF: governo
achacava até quem queria investirO governador Agnelo Queiroz (PT) suspendeu por 90 dias o programa Pró-DF, que concede terrenos a empresas interessadas em se instalar no Distrito Federal. Há denúncias, já sob investigação, de que em governos anteriores empresários eram achacados em até R$ 2 milhões para receberem um lote. Desde 2009, foram distribuídos 214 lotes. Há 383 processos de concessão de áreas sob exame, neste momento.
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Apagão oficial
Agnelo e família chegaram a ficar 24 horas sem energia, na residência oficial. E o gerador, sem manutenção há seis meses, não funcionou.
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Terra arrasada
A bagunça administrativa no governo do DF invadiu a residência oficial de Águas Claras: como toda cidade, o matagal chegava a dois metros.
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Armários vazios
Agnelo contou a amigos que na residência oficial não encontrou nem taças para evitar o gargalo das garrafas d’água. Levou-as de casa.
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Bola nas costas
Começou com a droga de ex-secretário Pedro Abramovay, mas o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) só leva bola na costas. Em vez de “porquinho”, já pode ser chamado pelo apelido de “gandula”.
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Guerra interna
O PMDB decide na segunda quem representará o partido na Mesa Diretora da câmara. O nome favorito é da capixaba Rose de Freitas, apoiada por Eduardo Cunha (RJ), de quem Dilma quer distância.
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Dubai estatal
Após o BNDES alugar por R$262 milhões um prédio no centro do Rio enquanto reforma a sede, falta pouco para a Petrobras inaugurar a sede capixaba de R$500 milhões em Vitória, engavetada desde 2006 no Ministério Público por derrubar “área de preservação ambiental”.
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Como os romanos
O tucanato está mais dividido que o senado romano nos tempos de Cícero, mas o encrencado senador Cícero Lucena (PSDB-PB) continua o favorito na disputa pela primeira-secretaria do Senado brasileiro.
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Presente de grego
Influente na campanha tucana em São Paulo, o novo chefe da Divisão de Capturas, delegado Waldomiro Milanesi, quase enfartou com 300 mandatos de prisão cível e criminal e doze policiais para cumpri-los.
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Perdeu, mas levou
O senador José Pimentel CE) tinha votos na bancada do PT para ser o 1ª vice-presidente do Senado. Mas o partido preferiu dividir o mandato com Marta Suplicy, que ameaçava o mundo se fosse derrotada.
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Crise de latinhas
Sinal curioso do aquecimento da economia brasileira: há escassez de latinhas de alumínio para envasar refrigerantes, por isso há quase um desabastecimento. A situação somente será normalizada em abril.
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Olho na multa
O Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis do Rio alerta que cadastrados no programa Empreendedor Individual têm até hoje (31) para declarar o IR. O governo adoraria que esquecessem o prazo...
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Quanto riso...
A ministra Miriam Belchior (Planejamento) deve anunciar os cortes no Orçamento entre 10 e 12 de fevereiro. Em março vem o Carnaval...
- Poder sem pudor
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O bicho que deu
Jornalista de economia esperava o presidente do Banco Econômico, Ângelo Calmon de Sá, atrasado para uma entrevista, em Salvador. Nas publicações do banco sobre a mesa, vê o logotipo sem acento circunflexo. A sílaba tônica no “mi” gerava um “Economico”. Terminada a entrevista, não resistiu:
– O senhor não acha que não fica bem? Afinal, “mico” não é coisa agradável em bancos.
Calmon de Sá explicou rindo que, por ser banco centenário, seria grafia antiga. E garantiu, com serenidade baiana:
– Não se preocupe. Neste banco nunca vai haver “mico”.
Anrã...
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