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Apesar de as mudanças climáticas alterarem a distribuição dos raios, o Brasil já era um local propício no século XIX. Uma carta escrita para sua família pelo Marquês de Borba, recém chegado ao país com Dom João VI em 1808, revela que por aqui ocorriam trovões como ele nunca havia escutado.
De lá para cá a situação se agravou e deve piorar ainda mais por conta do aquecimento global, segundo o Osmar Pinto Junior, coordenador do Elat e autor do livro “Lightning in the tropics: from a source of fire to a monitoring system of climatic changes" (Os raios nos trópicos - de uma fonte de fogo a um sistema de monitoramento de mudanças climáticas).
Observações por satélite feitas pelo grupo apontam um aumento de 18% na quantidade de raios nos anos 2000, tendência que deve se repetir na próxima década, principalmente na região da Amazônia. Atualmente, o fenômeno causa 132 mortes (77% no verão e primavera) e um prejuízo de R$ 1 bilhão por ano no Brasil, principalmente no conserto de equipamentos danificados, como sinais de trânsito e aparelhos eletrônicos.
A cidade de São Paulo é a segunda do país em número de mortos por raios entre 2000 e 2009, com 14 óbitos, atrás de Manaus, que teve 16. O crescimento da capital paulista e a alteração do meio ambiente, com o aparecimento de “ilhas de calor”, causaram um aumento de 60% no fenômeno nos últimos 50 anos.
Em 23 de janeiro de 2011, o município bateu um recorde em número de raios, com 1,7 mil ocorrências em um só dia. Apesar disso, a quantidade mensal é semelhante à registrada no mesmo período de 2010.
Brasil teve 50 milhões de raios na última década e média deve subir
Roberto Saraiva
rsferreira@band.com.br
A apreensão das avós com o som dos trovões não pode ser chamada de injustificada, já que o Brasil detém o recorde mundial de incidência de raios. Segundo um levantamento do Elat (Grupo de Eletricidade Atmosférica), divisão do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Especiais), foram cerca de 50 milhões de descargas elétricas entre 1990 e 1999. Outros locais com grande ocorrência do fenômeno também estão na altura dos trópicos, como o centro da África e a Indonésia.Apesar de as mudanças climáticas alterarem a distribuição dos raios, o Brasil já era um local propício no século XIX. Uma carta escrita para sua família pelo Marquês de Borba, recém chegado ao país com Dom João VI em 1808, revela que por aqui ocorriam trovões como ele nunca havia escutado.
De lá para cá a situação se agravou e deve piorar ainda mais por conta do aquecimento global, segundo o Osmar Pinto Junior, coordenador do Elat e autor do livro “Lightning in the tropics: from a source of fire to a monitoring system of climatic changes" (Os raios nos trópicos - de uma fonte de fogo a um sistema de monitoramento de mudanças climáticas).
Observações por satélite feitas pelo grupo apontam um aumento de 18% na quantidade de raios nos anos 2000, tendência que deve se repetir na próxima década, principalmente na região da Amazônia. Atualmente, o fenômeno causa 132 mortes (77% no verão e primavera) e um prejuízo de R$ 1 bilhão por ano no Brasil, principalmente no conserto de equipamentos danificados, como sinais de trânsito e aparelhos eletrônicos.
A cidade de São Paulo é a segunda do país em número de mortos por raios entre 2000 e 2009, com 14 óbitos, atrás de Manaus, que teve 16. O crescimento da capital paulista e a alteração do meio ambiente, com o aparecimento de “ilhas de calor”, causaram um aumento de 60% no fenômeno nos últimos 50 anos.
Em 23 de janeiro de 2011, o município bateu um recorde em número de raios, com 1,7 mil ocorrências em um só dia. Apesar disso, a quantidade mensal é semelhante à registrada no mesmo período de 2010.
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