sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

OPERAÇÃO PRENDE FALSO ADVOGADO ACUSADO DE AJUDAR TRAFICANTES EM CAMPO MOURÃO

PAULO MELO ON LINE

Operação

Operação prende falso advogado acusado de ajudar traficantes de Campo Mourão

Samir Jacob é bacharel em direito, porém, nunca foi aprovado no exame da OAB, que habilita o exercício da profissão. A Operação Vila Mendes já prendeu 18 pessoas, incluindo uma jornalista que discutia assassinato com traficantes
 
Fábio Guillen

A Polícia Civil de Campo Mourão , na região Centro-Oeste do Paraná, prendeu, na noite desta quinta-feira (7), um falso advogado acusado de ajudar traficantes de drogas. A prisão é mais uma ação da Operação Vila Mendes, que já prendeu 18 pessoas, inclusive uma jornalista acusada de passar informações a traficantes.
Samir Jacob de 30 anos trabalhava em um escritório de advocacia em Campo Mourão e utilizava uma carteira da OAB falsa para exercer a profissão e ajudar os traficantes, conforme informações do delegado de Campo Mourão, José Aparecido Jacovós.
“Ele ia à delegacia e conseguia detalhes de processos. Por ser, até então, um advogado, ele conseguia as informações e repassava à quadrilha”, disse Jacovós.
Ainda segundo o delegado, o falso advogado – que seria um dos integrantes da quadrilha - é bacharel em direito, porém, não tinha a carteira da OAB para exercer a profissão.
O acusado vai responder por crime de falsidade ideológica e formação de quadrilha. Ele está preso na Delegacia de Polícia de Campo Mourão.
Novas prisões
O delegado José Aparecido Jacovós disse que ainda existem várias outras prisões a serem cumpridas, mas por enquanto, é sigilo da polícia. “Vamos prender a quadrilha inteira. Tem muita gente envolvida ainda. Em breve vamos ter mais novidades.”
Uma jornalista foi presa nesta quinta-feira (7) acusada de usar o cargo para colher informações sobre as investigações e repassar dados para um dos criminosos, que seria namorado dela.
18 prisões
A Operação Vila Mendes leva o nome do bairro onde a quadrilha estava concentrada e onde a maior parte dos acusados foram detidos. De acordo com Jacovós, os trabalhos de investigação duraram três meses e já resultaram na prisão de 18 pessoas. Com elas foram encontradas dinheiro, drogas e munição. Todos vão responder por tráfico, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e homicídio.

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