quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

BASTOS PERDE FORÇA NO GOVERNO E NA JUSTIÇA

PAULO MELO ON LINE
CH

Bastos perde força no governo e na Justiça

Com discrição, o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) se livra dos indicados do ex-ministro Márcio Thomaz Bastos para postos chave no ministério. Após a queda da droga de ex-secretário Pedro Abramovay, que defendia pena branda para “pequenos traficantes”, Cardozo ignora a pressão da turma do ex-ministro e escolhe Vinícius Carvalho, conselheiro do Cade, para ocupar a Secretaria de Direito Econômico.

Ex-eminência parda

Agindo à sombra, no governo Lula, Thomaz Bastos indicou amigos para cargos e influiu na escolha de ministros de tribunais superiores.

Tio ilustre

Vinicius Marques de Carvalho é sobrinho do ministro Gilberto Carvalho e integra o Conselho Administrativo de Defesa Econômica desde 2008.

Perdeu, doutor

O ex-presidente do Cade Arthur Badin, ligado a Thomaz Bastos, não queria a recondução de Vinícius Carvalho ao Cade em agosto de 2010.

Promoção

Assessor do Ministério da Defesa, José Ramos será nomeado para o cargo de secretario de Imprensa da Presidência da República.

CNJ: sistema milionário vira
entulho cibernético

O milionário contrato assinado pelo Conselho Nacional de Justiça para modernizar a comunicação entre os tribunais, com tecnologia de voz via internet, apesar de pago e entregue, não vem sendo utilizado. O “delay” da voz é enorme e, ou seja, o sistema não funciona como o CNJ esperava e como os fabricantes prometem. O CNJ não informou o valor do contrato. Outra compra da Viúva que vira entulho cibernético.

Enciclopédia

O pesquisador Francisco Reynaldo Amorim de Barros lança nesta quarta-feira versão digital (via web) da enciclopédia “ABC das Alagoas”.

Orra, meu

Dilma, que nasceu em Minas e quase virou gaúcha, mostrou ontem que também é paulista: sua agenda presidencial era de feriadão total.

Melhor prevenir

A Câmara dos Deputados vai gastar R$ 24 mil com novas chaves para os apartamentos funcionais em Brasília. É o novo “auxílio-pega ladrão”.

Rico puxadinho

A estatal Infraero continua envergonhando o setor de aviação civil com seus “puxadinhos”. O de Viracopos (SP), iniciado estes dias, vai custar R$ 5 milhões. Só não ganha com isso o passageiro desrespeitado.

My name is Patriota

Em Davos, a partir de quinta, o chanceler Antonio Patriota terá agenda de chefe de governo, em reuniões bilaterais com representantes de dez países, além de Pascal Lamy, da Organização Mundial do Comércio.

Mr. Acácio

Vazamento de telegrama da diplomacia dos EUA no WikiLeaks ironiza o astronauta-camelô Marcos Pontes, pela “carona no espaço por US$ 10,5 milhões, em ano eleitoral”. Ah, conselheiro Acácio...

Tropa, a missão

Arapongas ironizam a “remilitarização” da Abin, chamando de “Tropa de Elito” a Agência Brasileira de Inteligência. Referência ao chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general José Elito Siqueira.

Milagres do poder

O poder é afrodisíaco, como o definiu o ex-ministro Fernando Lyra, e até afina a silhueta: o deputado federal eleito Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) perdeu as formas arredondadas e até o medo de avião.

Podres poderes

A ONG Justiça Global lamenta que, dois anos após o assassinato do advogado Manoel Mattos, por um grupo de extermínio na Paraíba, a mãe dele não foi à missa por falta de escolta prometida pelo governo federal e determinada pela OEA. A investigação está em ponto morto.

Até o fim

Cotada para assumir um posto em Paris, a jornalista Tereza Cruvinel pretende cumprir até o fim, em outubro, seu mandato de quatro anos na presidência da EBC, estatal de comunicação do governo federal.

Farinha pouca

A Assembléia de Rondônia aprovou a equiparação salarial de seus advogados e procurados do Estado a de ministros do Supremo. O Ministério Público quer acabar com a farra, inconstitucional.

Receita da pergunta

Lula pode cobrar até R$ 200 mil por palestra. Com ou sem nota?

  
Poder sem pudor

Poço de mágoas

Foto
Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) era o candidato oficial à presidência da Câmara dos Deputados, a caminho de ser derrotado por Severino Cavalcanti (PP-PE), quando, na ânsia de livrar do assédio dos repórteres, deixou escapar:
- O deputado João Paulo Cunha chega tarde à minha campanha...

Referia-se ao então presidente da Câmara, mensaleiro que relutava em apoiá-lo. Mas depois, advertido por assessores, Greenhalgh apressou-se em corrigir:
- E quis dizer que ele chega à tarde para a minha campanha...

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